O Papel da ‘Outra’ – Programa “A Tarde é Sua” TVI

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O que se sente quando se é “a outra” num triângulo amoroso?

Quando alguém dá por si no lugar de terceiro elemento da vida conjugal, pode estar, sem o saber, a preencher uma função na vida desse casal, que se mantém à conta da função “amortecedora” da amante.

Como é estar na pele da amante?

Pode ainda estar a vivenciar, de forma clandestina, aspetos da sua natureza que só consegue experimentar na sombra, ou seja, sem admiti-lo a si e a outros. Em teoria, quem sente atração por alguém que está num relacionamento estável pode não estar disponível para assumir um compromisso. Ou ter a crença de que não o merece, que não é suficientemente boa para ter direito a uma relação exclusiva.

Atração vs Traição

Os triângulos amorosos que perduram no tempo resultam de acordos tácitos em que cada uma das partes contribui, à sua maneira, para um equilíbrio, independentemente de envolver sofrimento e mal-estar e não ser, por isso, saudável ou desejável.

Estudos sobre o tema sugerem que só em 25% dos casos se verifica a saída de um relacionamento para iniciar outro com a pessoa com quem se viveu um affair.

Quando a amante deixa de sê-lo

A transição não é isenta de sentimentos ambíguos: a pessoa que era amante ganha um estatuto que não tinha, mas deixa de ter as “vantagens” do registo anterior (viver só o lado lúdico, sem a rotina diária, os defeitos do outro, os filhos e a familia dele, etc)

Os desafios de mudar de estatuto

O receio de ser “trocada” por outra pode ser o fantasma que ensombra os dias e as noites da pessoa que em tempos foi “a outra”.

O receio de não ser suficientemente segura de si ou a incapacidade de confiar o bastante na relação que tem é algo a que deve estar atenta, para que esses fantasmas não minem o valor do que foi alcançado e que une o novo casal.