Ele acelera ou não há meio de passar. O tempo é igual para todos, mas medimo-lo em função do que sentimos ao viver experiências e dos intervalos entre acontecimentos importantes
- Tempo de reacção abranda: o relógio biológico desacelera com a idade, criando um erro de paralaxe, que é sentido como uma maior dificuldade em acompanhar o ritmo
- Complexidade aumenta: são precisas unidades de tempo extra para responder às mesmas exigências e pressões da vida adulta, em que se fuca imerso. “O tempo foge entre os dedos”.
- Meteorologia emocional: passado, presente e futuro surgem ao mesmo tempo no fluxo da consciência. A memória é influenciada pelas emoções, o que levava a que as descobertas de infância parecesse durar mais do que realmente duraram, tinha-se “todo o tempo do mundo”.
A velocidade de Kairós depende da experiência consciente, consoante estamos acordados, a dormir, a sonhar, sob influência de drogas, em êxtase. Ou entãa oa rezar, a meditar, a tocar, a ouvir uma melodia. Há quem considere ser possível, através de estados mentais, transcender a barreira do Tempo, torná-lo tão lento ao ponto de parar completamente (sim, podemos chamar-lhe Nirvana).
Abrandar-Meditar-Estar Atento: Mudar a perspetiva subjetiva do tempo, com ganhos na saúde e, até, em longevidade, é algo que podemos desenvolver a partir da prática regular de Atenção Plena, ou Mindfulness, que incide na capacidade de observar o que se pensa e sente no aqui-e-no-agora, sem julgamentos. É o que demonstram diversas investigações. Destaco as de Jon Kabat-Zinn, fundador da Clínica de Redução do Stress e do Centro de Atenção Plena em Medicina, na Escola Médica da Universidade de Massachusetts.